domingo, 2 de setembro de 2018

Direita, Centro ou Esquerda.

Estamos, que se diga, novamente, em meio a uma barafunda política sendo que nesta, há muito não via tamanha confusão de partidos e ideologias se digladiando pelo meu, seu e nosso voto.
Era de se esperar que após termos um ex-presidente preso, e seus correligionários (as), se esforçando para (dizer assim) "limpar a barra do chefe", chegássemos  a um ponto de convergência de alguém minimamente aceitável para a cadeira do Palácio.
Todavia, esta escrita, não se encarrega especificar se o candidato A é mais bem preparado que o candidato B, pois estando ciente do sistema eleitoral que rege nosso País não se explica, e sim complica; vou para assunto da base em que situo meus afazeres.
Aos que não sabem, sou parte de uma Convenção Estadual dita conservadora, onde priorizamos valores cristãos e familiares. Da forma como somos divididos no "mundo político/filosófico" estou posicionado do lado "direito" do especto deste pensamento.
Ser assim considerado, não quer dizer que sejamos incapazes de pensar as diferenças e até vermos alguns "pontos" palatáveis em suas argumentações, todavia, toda concordância ou não, passam pelas Escrituras Sagradas, nossa regra de fé e prática.
Como em toda sociedade, sempre haverá os que se posicionam de um lado ou outro, assim, alguns "expoentes" da nossa cristandade se radicalizam e outros abrem mão de tudo, pois não é "com ele".
Nos meus 40 anos de vida ministerial, sempre dei minha participação política na esperança de contribuir para um País melhor. Em meus anos de "exílio", pude ver como uma multidão de nordestinos eram utilizados para perpetuação de políticos, que se enriqueciam das verbas desviadas da SUDENE e outros órgãos estatais. Como também estive, não na "luta" (quando a esquerda que emergia da obscuridade nos ideais da igualdade e fraternidade), mas numa troca de ideias com expoentes que me comoveram com suas histórias de sofrimento nos porões da "ditadura".
A luta da esquerda nos primórdios de suas manifestações pós-anistia eram mais sinceras e verdadeiras, pois tinham em vista a desigualdade social, pela expropriação dos bens dos pobres pelos mais ricos.
Ver e ouvir Rosa da Fonseca, Maria Luiza Fontenele e outros, em alto e bom som, em plena Praça José de Alencar expondo as misérias do povo cearense, me esclareciam eles o que a mídia há muito ocultava (e ainda o faz); neste tempo, eu era "esquerda".
O que me fez "direita": Foi a degeneração dos ideais da "esquerda". 
  • Foi quando ela passou a se imiscuir em valores filosóficos, forçando a divisão entre brasileiros, criando leis, para impor aceitação dos contrários ao seu modo de pensar.
  • Foi no momento que ela deixou de lutar contra a exploração dos pobres por uma classe que desde o Império se perpetuou nos cofres do governo
  • Foi quando o PT (em quem nunca votei) "abraçou" gostosamente causas libertárias e promíscuas, além de se apossar desesperadamente na riqueza da Nação.
Quando expus meu posicionamento acima, sem engajamento, me refiro que me solidarizei e ainda me solidarizo com quem luta por direitos dos mais frágeis e despossuídos, sem a pecha de esquerda. 
Sou direita por causa dos valores cristãos, nos quais embute a defesa da família; sou "esquerda", porque os "pobres ainda estão conosco", precisando ser ajudados e despertados a viver como parte de uma sociedade, onde os valores sejam defendidos igualitariamente, com direito a educação laica mas com respeito aos valores cristão; que fortaleça seu lugar na família, Estado e Nação.


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