terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

AD - Madureira - Passos / MG: A Seara é grande.

AD - Madureira - Passos / MG: A Seara é grande.

A Seara é grande.

O fim de 2011 e inicio de 2012, não foram fáceis para mudanças de obreiros do Campo de Passos; foi grande a dificuldade de termos o perfil certo para o lugar certo, nos fazendo ver a carência que existe neste meio o que é uma realidade em muitas Igrejas por este Brasil afora; acredito que tais dificuldades sejam resultados de:
1. Desinteresse vocacional: É menor o número dos que buscam ou almejam o episcopado.O que está a existir em nossos dias, são meros desejos de ocupação de destaque no proprio templo, sem envolvimento e trabalho. Querem cargos e não encargos.
2. Perda do foco: A igreja do presente está mais interessada nos aspectos materiais do que nos espirituais; tal fato é resultado das pregações enfáticas, que se apossaram de uma hermeneutica estranha, que criam temas modernos para tratarem de problemas tão velhos como o mundo; para isso, isolam textos, e os dividem em quantas partes puderem, e martelam mentes e ouvidos sem se preocupar se os tais (textos) tenham ligação com os contextos; outra coisa são as pregações destituidas de conteúdo sacrifícial e com forte ênfase no: aqui e agora.
As muitas mensagens pregadas, abordam bênçãos, prosperidades, armaduras blindadas contra o inimigo etc., não que não sejam verdadeiras muitas das promessas, todavia o imediatismo delas é que nos faz duvidar da motivação de quem as pregam.
A Bíblia por sua vez nos fala de renúncia, sacrificio, espera, compartilhamento, separação, dor, humilhação e tantas outras coisas, para que a nossa confiança, segurança e salvação, esteja em Deus.
3. Mudança de perfil: A dificuldade se dá pelo fato não haver interesse nos candidatos a obreiros e dirigentes, os seguintes: Conhecimento com profundidade da Bíblia Sagrada, frequencias nas Escolas Bíblicas Dominicais e Cultos de Ensinamentos. Tais reuniões sãos essenciais aos que querem estar aptos e preparados para todo boa obra, pois nelas se aprendem a se portar com dignidade,  conhecer os Hinos da Harpa Cristã, ter compostura pública e ética no culto, diferenciar as oportunidades recebidas, ou seja: cantar quando é pra cantar, dar uma saudação e não uma pregação etc.
No passado havia mais devotamento na frequencia aos cultos, vivacidade com a Escola Dominical, novos hinos eram aprendidos, se "disputavam" em estar envolvidos nos departamentos, admiravamos a postura pastoral, tinhamos temor e tremor pelas revelações e profecias que se manifestavam  com a abundância nas orações e ceias; hoje os cultos se misturam com tantas novidades, que na imensa maioria deles não tem mais "começo, meio e fim". Bons tempo eram aqueles quando os filhos ladeavam seus pais em sua ida ao Templo, o esposo e esposa de braços dados, as Bíblias empunhadas junto ao peito, sorriso escancarado e olhos brilhando de prazer por subir a "Casa do Senhor".
A Igreja hoje está imensa, há lugares que são tãos grandes, que o pastor não conhece suas ovelhas e tampouco as ovelhas tem contato com o seu pastor. Anos atrás tive que aconselhar minha filha pra que procurasse uma igreja menor, pois a que ela estava era tão grande e com tanta gente, que há mais de dois anos, ela nunca conseguiu se apresentar ao pastor e pra falar tinha que marcar dia e hora. Não tenho nada contra e até admiro a capacidade destes que conseguem amplificar tudo o que está em seu alcance; mas, por outro lado a "formação de obreiros" tem que ser pelo metodo de Jesus, no dia a dia, no corpo a corpo e ainda está dificil.
A Igreja verdadeira está mais exigente, não aceitam qualquer discursinho, nem as piruetagens que muitos fazem pra se manter em evidência. Este negócio: de toque ali e acolá, fale isso ou aquilo, cansa, constrange, intimida, fragiliza; eu nunca ouvi um testemunho de alguém dizendo que se sentiu forte ou restaurado por estes tipos de sensacionalismo. O que nos leva a ser fortalecido é a palavra sendo pregada com muito amor e respeito, que penetra como espada de dois gumes, discernindo as intenções do coração.
A Igreja verdadeira tem fome de alimento genuíno, quer beber de fontes cristalinas e sentir o cheiro de ovelhas no seu pastor.
Na Igreja verdadeira não há espaço para obreiros que não sabem cantar os hinos do saltério, tampouco para os que copiam os trejeitos e gritos dos renomados, e muito menos pra quem só tem experiências de outros para serem contadas na tribuna.
Precisamos de obreiros:
a) Que conheça os hinos da Harpa Cristã.
b) Que tenha suas próprias experiências aos pés de Cristo.
c) Que tenha sua família como exemplo verdadeiro de conquista cristã.
d) Que goste do cheiro das ovelhas.
e) Que se importune para ter as familias reunidas na Igreja.
f) Que ande com o peito empolado, Bíblia firme em suas mãos ao lado do coração.
g) Que se arde no calor do Espírito Santo.
h) Que tenha os olhos marejados de lágrimas pela intimidade com o Espírito Santo.
i) Que não traga comidas requentadas para matar a fome do rebanho.
l) Que não sejam animadores de auditórios e sim servos de Jesus Cristo.
Sei que poderia acrescer outras qualidades, mas, as descritas nos mostra com que dificuldades depararemos, sempre que houver a necessidade de uma mudança. Ainda bem que quem nos disse que a "Seara é grande mas poucos são os ceifeiros" nos mandou rogar para o que o Senhor da seara, envie trabalhadores. Shalom!



Seguidores