No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. João 1:29
Dias festivos, reflexivos, carregado de significados, os quais movem milhões em pensamentos na direção do Calvário. Sim! Lá se deu a maior entrega que Deus poderia dar a humanidade; que, desde o Éden se afastou do seu Criador.
Da família de Sete, deu-se o início a busca deste reencontro da criatura com seu Criador: E a Sete também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então se começou a invocar o nome do Senhor. Gn 4:26 - que nos presenteou Enoque e mais tarde Noé.
Noé, homem justo, perfeito e que andava com Deus - Gn 6:9. Obedeceu ao chamado do Criador, e com sua família se dispôs a contraditar a geração de seus dias, construindo uma Arca para salvação de todos, do iminente dilúvio que por cento e vinte anos avisou que viria.
Tempo depois, se fez a intervenção divina, trazendo a babel de línguas, pois os homens se reuniram em torno de uma torre se contrapondo ao mandamento divino de "encher a terra".
Mas, foi em Ur dos Caldeus, que Deus encontrou um homem por nome Abrão, que em meio a idolatria que imperava nos conterrâneos, ouviu o chamado Deus para sair da terra em que estava com sua família, para ir a uma outra na qual seus descendentes, inumerável como a areia da praia e estrelas dos céus, tomariam posse.
Depois de Abel ser o primeiro a oferecer um cordeiro em sacrifício a Deus; diferente dele, foi a vez de Abraão levar seu Isaque ao Altar, para ser imolado a pedido de Javé; mas, no momento em que o cutelo é levantado, a Voz ecoou no Moriá, para que não fizesse tal, pois Deus viu o temor e obediência naquele velho coração.
Abraão, Isaque e Jacó, doze filhos e milhões, depois de quatrocentos anos de escravidão, a VOZ se faz ouvir em meio a Sarça que ardia mais não se consumia:...tenho ouvido o gemido dos filhos de Israel, aos quais os egípcios fazem servir, e lembrei-me da minha aliança. Êx 6:5 "Tire meu povo do Egito"!
Lá se vai Moisés, um gago, levando seu mano ao lado; e que, diante de Faraó declara: Deus manda, que: Deixa ir o meu povo, para que me sirva no deserto..Êxodo 7:16; por dez vezes e em todas elas, Faraó negou o direito do povo partir; na noite daquele dia em que foi alertado sobre a décima praga, o Anjo da Morte passou por todo o reino do Egito, ceifando as vidas de todos os primogênitos, do mais simples ao herdeiro do Trono que se assentava ao lado do seu pai Faraó.
Na casas dos Egípcios choro e desespero, nas casas dos Israelitas cânticos de alegrias; pois, avisados por Moisés e Arão, mataram o cordeiro conforme recomendados, passaram o sangue nos umbrais das portas e assim foram guardados com vida.
Séculos se passaram, milhares de cordeiros sacrificados, Israel sempre com a lembrança Pascoal do passado, pelo livramento de morte e a saída de milhões da escravidão do Egito.
Muito tempo depois, as margens do rio Jordão, um homem rústico, vestido de pele de camelo, fazendo uso de um linguajar contundente, não como Moisés que era um erudito, que mesmo gago estudou nas melhores escolas e com os melhores professores do Egito; este era diferente, precisava contraditar, chamar a atenção dos passantes, ele era nada mais nada menos do que: A VOZ QUE CLAMA NO DESERTO!. Seu nome escrito numa tabuinha por um pai mudo, que ao ter uma visão de anjos quando ministrava no lugar santíssimo do templo, perdeu a fala para não antecipar o que estava para mudar a História do Mundo.
Zacarias era o pai, Isabel era a mãe, a VOZ: João, o Batista. Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. João 1:23
Sim! Ali diante de seus olhos, nas águas do Jordão, estava O DEUS TABERNACULADO, o VERBO DE DEUS, a RAIZ DE JESSÉ, sim! O Deus que fez Carne e habitou entre nós.
Hoje, 07 de abril do ano 2023 da Era Cristã, o chamado "mundo cristão" está a relembrar os passos lentos do caminhar do Cordeiro; carregando o lenho no qual será crucificado; trôpego no caminhar devido a noite não dormida, cansado, sendo arrastado, indo de Pilatos a Herodes e de Herodes a Pilatos; cuspido, surrado, esbofeteado, zombado, escarnecido, abandonado pelos seus, mas firme no propósito de subir ao Calvário, não para voltar como Isaque voltou com Abraão, mas sim, cravado no madeiro, abandonado pelo Pai e morrer.
Anos depois, apóstolo Paulo, escrevia: Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. 1 Co 5:7
Estaríamos no dia de Hoje, caso a morte tivesse vencido o Cordeiro no Calvário, comendo "ovos de chocolate" e remorando mais um dos muitos que morreram em prol de uma causa nobre, mas estão sepultados. Mas, Nossa Páscoa venceu: Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? 1 Co15:55
Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia. Mt 28:5,6
Louvado seja Deus!
Jesus, nossa Páscoa, ressuscitou!
