sexta-feira, 25 de junho de 2010

Andanças minhas.

Já se fazem bons anos, que tendo deixado minha terra de nascedouro, me aventurei pelo mundo afora; lugares lindos, paisagens exuberantes, e pessoas as mais diferentes, atravessaram o meu caminho, marcaram o meu caráter, tanto para o bem como para o mal.
Sou daqueles que procuro "espantar saudades", não porque não gosto, mas, porque saudades nos faz sofrer todas as vezes que lembramos das coisas boas que desfrutamos na vida, pessoas, lugares que ficaram para trás a muitos e muitos anos. Por este dia a "danada" me pegou, fazendo me lembrar de um amigo que tinha, e que partiu desta vida para a eterna, aos 89 anos bem vividos, seu nome? Pastor Sebastião Mendes, mais conhecido como pastor Bastos. O conheci quando era líder de mocidade das Assembleias de Deus do Ministério da Bela Vista, no ano de 1984, quando o procurei pra levar um convite do Congresso da Mocidade a Banda de Música do templo Central; o mesmo estava exercendo interinamente o pastorado na ausência do Pastor Emiliano Ferreira da Costa (que havia amputado a segunda perna e se recuperava em casa), quando entreguei em suas mãos o convite. Me lembro como se fosse hoje: Ele pegou o convite, viu que o mesmo estava endereçado ao pastor Emiliano e me disse: "Olha paulista! Se não tivesse o nome do pastor Emiliano, liberaria a Banda de Música pra tocar na Bela Vista, mas nesse caso tenho que entregar nas mãos dele e ele é que vai decidir". Quem conhece a história da Bela Vista e Templo Central naqueles mil e antigamente sabe como seria difícil, o pastor Emiliano viesse atender o convite, e de fato ele não liberou. Chegado o dia da festa, templo lotado, quando vejo entrar o maestro Rui da Banda do Templo Central com sua família e um Conjunto Vocal (não recordo o nome) conhecido no Ceará, que pertencente aquela Igreja, adentrou o templo da Bela Vista, entoando lindos louvores ao Senhor Jesus; tal fato nunca havia acontecido desde a famosa "separação" das duas Igrejas e Convenções. Deveras fiquei emocionado, pois pude conhecer o caráter, simplicidade e a natureza pacífica deste grande Homem de Deus, que sempre quando nos encontrávamos pelo centro de Fortaleza, atravessava a rua, me abraçava e dizia: A Paz do Senhor! Paulista. Pronto sofri de novo.

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